terça-feira, 12 de julho de 2011

É pena.


Ser poeta é ser triste. 
É pintar de lágrimas-metáfora o papel, a lida. 
Há sempre um rio queimando no motor pulsante da vida.

     Eu me aventuro à poesia e à arte por ausência de alternativa. Minha maior vontade é que as palavras tenham alguma valia, na vida real. Atestei que palavra é, na verdade, vento. E amor é, na verdade, brisa. Mas nem sempre foi assim.

     Palavra, na verdade da verdade, é Verbo. E o Verbo estava com Deus. E o Verbo era Deus. E Deus é Amor. E não vento. Nem muito menos brisa. O meu grande questionamento, de agora em diante, será: Onde, do mundo, se foi o entendimento? Que o mundo agora é só tristeza e lamento, e carece de alegria e de todo provimento que vem da Palavra, que é Verbo, que estava com Deus e é Deus, que é Amor!

     Amor virou moda e baixou de preço; virou artigo de esquina, de bodega e camelô. Amor todo mundo tem por um tempo e todo mundo troca de vez em quando, com a mudança de estações. Amor está em liquidação.

     É pena que o amor, como já dizia Cecília, não tenha o peso de uma flor de espuma.
   
     O amor não tem importância nenhuma.
     
    [E tem a importância do mundo inteiro.]
     
     Que pena, mundo. Que pena. Ah, se conhecesses o Amor.

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