sexta-feira, 29 de abril de 2011

Gadú, Gadú...

  No meu aniversário desse ano, ganhei um bom presente da minha irmãzinha. Um CD de Maria Gadú. O CD é lindo, apesar de eu não apreciar todas as letras. Mas algumas são tão doces, tão lindas, que é sempre um prazer ouví-las!
 Ontem, me enxergaram nessa linda canção. Fiquei refletindo sobre a letra e resolvi postar. Uma belíssima canção, não?
 Com vocês, Linda Rosa!



Uma Linda Rosa, sobre o Altar... meu Altar Particular. Maria Gadú, que bom que você existe. Nenhum amigo humano compartilha tanto a minha dor como uma boa música.


Ainda bem que, em meio ao caos, Deus se nos apresenta. Constante, forte, Rochedo Seguro. E só nele, então, só nele, eu encontro paz.

Sabiá

Ao meu pai,
que me cantarolava bonitas e tristes
canções de ninar.


Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho
Voou, voou, voou, voou!
E a menina que gostava tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou!

Sabiá fugiu p'ro terreiro
Foi cantar no abacateiro
E a menina vive a chamar:
Vem cá, Sabiá, vem cá.

A menina diz, soluçando:
Sabiá, estou te esperando!
Sabiá responde de lá:
Não chores, que eu vou voltar!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Paralelo

E que as vagas presunções
Caminhos estes, meus
Sejam poeira dos meus pés
Como as nuvens são dos Teus.

E que a vida que Tu tens
De minhas dores, realejo
Pão e vinho, Vida além
Seja o sonho e meu desejo.

...ETERNIDADE...!

Por Flávio Américo,
meu querido amigo.
Sua poesia é profundamente viva!

Faz tempo que o tempo não foi
Faz, tempo, teu último pedido
Dentro em breve, serás uma vaga lembrança

O tempo dá adeus à vida quando dá a Deus a vida.

A morte não é o fim do tempo da vida,
É o fim da vida no tempo.
Enquanto o tempo é,
Nós não somos. 
Quando formos, 
Ele não será mais.

domingo, 17 de abril de 2011

Amor

Ainda que o tempo não gire
A dor não cicatrize
E o corpo, de só, expire

Ainda que o sol não me aqueça
E a mente, de sã, enlouqueça
E o grito cálido só entorpeça

Ainda que a ausência tua,
Presença em mim muda,
Acorde-me em noite escura,

Recorde-me o espaço outrora
Ignore-me tão forte agora
Recue-me em triste aurora

Meu amor tão vivo ainda está
E dentro de mim, não desfalecerá
O pequeno amor resiste.

(Ainda que tudo meramente subexiste). 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Diga a todos que ele fica.

Estavam pontualmente na estação

Os afagos, os afetos, as afeições
As promessas, os projetos, as projeções
As palavras, os poemas, as canções.

Abanavam os lenços brancos

Os carinhos, os abraços, os sussurros
Os beijos, os bilhetes, os sorrisos
Os presentes, os olhares, as distrações.

No trem de partida se aglomeravam

Os nomes dos filhos, os móveis da casa, as estações
A primavera, os dias frios, a chaminé
Os tapetes, as brincadeiras, as redes na varanda.

Despediram-se todos

Os sonhos, os lugares, os banquetes
Os doces, os convívios, os palhaços
Os narizes, os sustos, os risos.

Só um ficou, e não digo que deveria ter ido.
Ele nunca vai. Nunca foi. Deveria, talvez, para alguns.
Não obstante, ele sempre fica.

O motivo. A razão de tudo um dia ter estado.

O motivo sempre fica.

Muda

a saliva escassa da palavra
o cansaço visível
a lágrima na face borrada,

os amigos presentes
ausentes
a multidão,

a lembrança
a saudade
a solidão.

Só.
muda ao cheiro das águas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Portas (Josué Rodrigues)

Portas que se fecham são iguais as que se abrem
Se abertas ou fechadas por Deus
Não quero, não espero o que Dele não procede
Bem sei que o que prefiro, nem sempre é o melhor pra mim
Nem sempre oh não...

Portas que se fecham são iguais as que se abrem
Se abertas ou fechadas por Deus
Não quero não espero o que dele não procede
Bem sei que o que prefiro
Nem sempre é o melhor pra mim

Há outras fontes que não vem do Pai das luzes
Mas só nos sons que surgem não me consolarão
Que outra mãos dispensarão
De graça amor e paz?

Abrindo e fechando são portas que orientam
No tempo certo e como Ele escolheu pra mim
Prossigo em meu caminho confiando em Suas palavras
Os que Nele esperam jamais se cansarão, jamais se frustrarão

As Palavras (Sérgio Pimenta)

As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo seja facíl de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crêr.


Compromisso submisso omisso
Ou faz o que fala ou se cala de uma vez
Que não venha sobre si justo juizo
Pois terrivel coisa é cair nas mãos do Rei

Mesma lingua que abençoa amaldiçoa
Mesma lingua canta um hino e traz divisão
não pode, da mesma fonte, o doce e amargo
se Cristo habita de fato no coração.

Aprendendo a Vida (Carlinhos Veiga)

Pior do que não ser
É sentir-se pronto
Iludir-se acabado
Sentir-se feito

Pior do que não ver
É não se enxergar
Ter dois olhos pros outros
E uma cegueira pra si

Pior do que a mudez
É não se calar
Fazer das palavras
Suas armas ferinas

Pior do que não ter
É não se amar
Pois só sabe amar
Quem aprende a calar
Quem aprende a se ver
Quem aprende a ser
Quem aprende a se dar.

O Vencedor (Los Hermanos)

Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
Vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?

Eu que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz

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