quarta-feira, 29 de julho de 2009

Argh... calando...



A ausência de ruídos,
de agitos, de movimentos,
o acalento dos Braços,
dos Abraços.
O silêncio que convida à vida,
revida
ainda com outros silêncios.
Silêncio de fora e de dentro,
sonolento, descansado...
nunca todo controlado...
quase sempre incomodado...
inquieto, angustiado,
mas sempre calado...
calando...
até adormecer...
e se perceber perdidamente achado...
Em Nárnia.

Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.
Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;
no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.
Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho.
Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso;
e nada refoge ao seu calor.
A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma;
O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração;
o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.
O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre;
os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos.
São mais desejáveis do que o ouro, mais do que muito ouro depurado;
e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
Além disso, por eles se admoesta "a tua serva";
em os guardar, há grande recompensa.
Quem há que possa discernir as próprias faltas?
Absolve-me das que me são ocultas.
Também da soberba guarda "a tua serva", que ela não me domine;
então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.
As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis em tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!

(Salmos 19. Foto: Lagoa do Bonfim, vista do Acampamento Maanaim).

segunda-feira, 27 de julho de 2009

CF 2009 - uma brincadeira chata.



É gente... está chegando a hora. Vou ser sincera com vocês: francamente, brincadeira sem graça, boy! Morgou, morgou total! Só podem estar roubando! Brincadeira chata que a ABU faz, de juntar todo mundo e depois separar todo mundo, assim, sem piedade! Não glorifica! Né gospel não.

Tá tá... eu já sei: é um mistério. É aquela coisa de estar junto, de ainda ser família, apesar dos quilômetros que insistem em separar a gente. Brincadeira difícil. Todos brincam, se divertem, mas, no final, todo mundo sai com certo sentimento de perda. Vai entender... é mistério. Nem sempre se entende as coisas de Jeó. É transcendente. Pois é, jovens. Mas apesar desse mover, quero compartilhar uma bênção com vocês, igreja! Amém ou não amém?

Levo, de alguma forma sobrenatural, um pouco de tudo. A euforia do quarto das meninas (meninas, sem noção: muito bom acordar ao lado de voês! Vocês são maravilhosamente bombásticas!); as doces palavras do amado pastor Zwinglio, sacou? "Ops... tá ligado?"; a mansidão do querido Reinaldo, que nos alegrou e nos honrou com sua presença e se tornou muito especial; o carinho tão partilhado nos grupos de EBIs; a comunhão espontânea dos grupos de discussão (pelo menos, no meu foi assim); as agendas pessoais (as programadas e as fora do horário), que só somavam e faziam cada um de nós nos tornarmos inesquecíveis para alguém.

Além de tudo, de todas as brincadeiras, destacou-se o pentequês do amado vaso Guto. Amém ou não amém? Sem falar na lagoa bombástica (ô... lá em casa...), nas horas em que cantamos "Juntos" ou "O Xote da Vitória", nas orações sinceras, nas lágimas que se derramaram e nos sorrisos que surgiram aos montes, quase saindo pelos poros... E os silêncios? Ah... os silêncios... quão impactantes, quão doloridos, quão motivantes, transformadores... A voz de Deus ecoando em tudo: no céu, na lagoa, na Palavra, nas exposições, nas agendas, na gatinha, na brisa, no sorriso, no abraço, na ausência de ruídos... Não tem como não levar tudo isso na memória.

Que todo dia, o sermão do monte se avive em nossa mente e o aprendizado que construimos juntos seja riscado no nosso coração. Receba o mover, jovem! Assim, cada um vai levar consigo um pouco de todos, já que quase tudo o que aprendemos foi no coletivo, em família. É aí onde reside o mistério, igreja! Juntos, sempre juntos, em todo tempo, em toda circunstância, em qualquer lugar.

Que grande amor, o amor do Senhor. Sou de acordo com vocês com relação a essa brincadeira sem graça de ter de dizer tchau. Fala sério, dou valor não. Mas... há esperança (ôoo, nesta hora!). Ele está conosco agora. Ele estará para sempre. É mistério, irmãos, é mistério... Ele faz uma família que vive em amor, que vive junta, que vive unida, que vive, no entanto, longe, separada por pedaços de chão... Jovens, é como eu falei: eu mesmo detesto essa brincadeira... detesto distância e, por mim, ela seria abolida da face da Terra. Mas como não a posso abolir, vou parando por aqui. Só queria dizer que amo vocês, cada um à sua maneira. Não se esqueçam que estamos juntos agora e sempre. Por Ele. Juntos... sem nada que impeça isso. Oremos uns pelos outros, até o próximo momento em que nos abraçaremos outra vez e, juntos, cantaremos "Juntos" de novo e de novo...

Deus abençoe vocês, BOOONITOS!! Vocês são bombásticos!

sábado, 11 de julho de 2009

Palavra à alma preguiçosa:

(Vai ter com a formiga, ó preguiçosa)
Eu:
Podes me explicar por que causa, motivo, razão ou circunstância fazes isso contigo? É... tenho que reclamar! Não tem jeito! Por que te encontro sempre no lugar do descanso e do entretenimento quando deverias estar com as mãos no arado? Podes me explicar que moleza é essa que rege a tua vida e a destrói? Que bagunça é essa que oculta até a ti mesma? Onde estás? Em algum lugar dentro da bagunça... sei... em algum lugar dentro do tempo desperdiçado, da oportunidade perdida, da culpa, da inércia, do medo, do fracasso, dos receios. Sei, sei... Sempre as mesmas desculpas. Informo-te, ó tu, alma preguiçosa que jás no passado, tu, exatamente, de um lugar no futuro... pobre alma és e me tornaste no caco que hoje sou. Sei... você nem imaginava... cá estás, estou, estamos. Sinto muito.

Bravamente,

tu, alma preguiçosa, e toda o teu resultado.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O amor verdadeiro existe!



(Homenagem à minha doce amiga, Aninha.)






Se das cores amareladas do passado,
Envelhecidas em mágoas, dores, desilusões,
Perdido se encontra o coração,
Ancorado no silêncio solitário,
Oceano sombrio e denso,
onde repousa a solidão;
Se ao coração o que sobra é a sobra,
um vazio azul e mais nada,
Se ar puro já te falta,
E a esperança se transforma em demora,
espera de um sonho ilusório,
que não vem, que não vem...
Se o sonho já virou lenda,
e paixão é mito de aventureiro,
se o que colhes é o que já tens,
e o medo do que pode vir
envolve os pesadelos da noite,
e o risco do que vem além
é tormento e agonia só;
Se os olhos, cheios em luz,
desconhecem o brilho seu,
e o todo que encobrem é só a areia do mar
nas regiões abissais,
e impedidos estão de descobrir luz,
e ar puro
e cores vivas...
e o arco-íris virou lenda,
coisas de sonhadores...
Ponho a mão em teu queixo,
com sua licença, dama,
e convido-te a erguer o olhar.
Se esperança não mais havia, hoje a ti presente é.
E se com teus olhos não podes ver,
com o coração confirmarás,
o amor é concreto,
existe e te é dado,
presente ofertado,
do próprio Amor;
Se és pequena e frágil,
e ancorada estás,
liberta-te, pequena,
liberta e vai.
Vai ao encontro da luz,
do ar que está lá em cima,
das livres ondas que vão te guiar,
aos lugares de amar...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Medo de envelhecer



















- Nem me fale em envelhecer, tenho medo...
- Não tenho medo, Bruneco. Não tenha...


Quem disse que não é tão bom brincar, sorrir, correr ao vento...? Quem disse que não é tudo, dançar, cantar, pular no vento...? Quem disse que não é melhor saltar de pára-quedas, corpo ao vento...? Quem disse que não é prazer, nascer, viver e aproveitar, delícias ao vento...? Quem disse que é ruim curtir, e ter vigor pra divertir...? Quem disse que faz mal namorar, sonhar, ler muito e trabalhar...? Quem disse que é dor gargalhar, bolar de rir, comemorar...? Quem disse que é pesar planejar, construir, casar, e desfrutar do bem que a juventude dá, nos tempos que vão no vento...?


O tempo passa tão sutil, o hoje passa num instante... E agora que eu não tenho mais saúde pra correr, saltar, nem posso mais dançar como antes, nem vejo nem escuto tudo, nem faço tantos movimentos, nem saio à hora que eu planejo, nem faço mais estripulias... Mas escute o que eu lhe digo, caro amigo, porque o corpo já não é mais o mesmo, nem mesmo a memória... mas o coração retém a esperança, e transparece em meu rosto a alegria dos velhos tempos... Esteja certo, jovem amigo, que dentro de mim uma criança mora, e salta e brinca de viver. E mesmo que em breve, eu sei, virá a hora, de deixar minhas trouxas e pra novo lugar partir, e mesmo que mais perto de mim esteja a porta de entrada para o lugar sem fim, e mesmo que minha poesia ganhe reticências e minha canção em "dó" termine em "si", até meu último suspiro, pulsará em meu peito paz, alegria do que vivo e vivi... E se meu riso não mais sorrir, creia, caro amigo, não é que não ria mais meu coração... é que passei pela porta... ser jovem, caro aventureiro, é você quem decide ser. Ser jovem é estar vivo. Ser jovem é de dentro pra fora. Ser jovem é saber que nascemos para a eternidade...

(Homenagem ao meu querido Bruno, que confessou ter medo de envelhecer...
Amo-te, amigo. Não tenhas medo.)
(Na foto: Henrique lindo, meu priminho! Que esse sorriso dure até seu último suspiro...)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Na beira


Nem no mar, nem na areia.
Na beira.
Nem no céu, nem no chão.
Flutuando.
Nem com, nem sem.
Não sei como.
Nem sim, nem não.
Nem talvez.
Nem certo, nem errado.
Na beira.
Nem amizade, nem amor.
No meio.
Nem segura, nem insegura.
Perdida.
Não sei se vou ou se fico.
Confusa.
Não se calo ou se digo.
Indecisa.
Não sei.
Não sei.
Pois que se nunca vi flor igual,
se sentido assim,
nunca vi coisa tal,
se vejo à minha frente tão bela rosa,
meu coração se propõe a colhê-la.
Olho desconfiada pra um lado.
Nada vejo.
Olho pro outro.
Também nada.
E a resposta é não.
Entristeço.
Calo diante dela.
Fico na beira do abismo.
Se colho, linda flor perde a vida.
É de solo alheio e muito bem regada.
Sendo o solo ainda meu, ela eu não colheria.
Do outro, então, pertencendo, que direito eu teria?
Fico, então, na beira.
O vento balançando a flor...
e também as plantas que a cercam...
e o cabelo em minha face...
o vento que sopra dentro...
de mim...
e me leva pra longe...


pra longe...


pra longe...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Silêncios...

...que doem
...que ferem
...que sangram
...tormentos

...que ardem
...que enganam
...que mentem
...tropeços

...que afogam
...que queimam
...que acusam
...venenos

...que matam
...que fingem
...que enlaçam
...cilada.

Silêncios...

...que ouvem
...que entendem
...que educam
...amigos

...que percebem
...que sentem
...que abraçam
...cúmplices

...que amparam
...que curam
...que fundem
...corações

...que acalentam
...que consolam
...que adormecem...
...consolo.
(homenagem à minha doce amiga, Jéssica, com gratidão por seus silêncios que curam.)

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