Pés silenciosos, os de Maria.
Desliza os dedos n'água,
vislumbrando a praia
ao deleite do crepitar do vento.
Maria escuta o silêncio
E encolhe-se, comovida
ao sussurro da concha.
Maria risca a areia devagar.
Estende os olhos derramados no mar.
Solta um suspiro clemente.
As mãos de Maria estão quentes
mergulhadas no calor da terra.
A despeito de ver pessoas,
objetos de pesca, canoas,
Maria está a sós.
E a despeito das vozes,
das batidas, do barulho
sai-lhe em voz involuntário murmúrio:
Existe lugar para a tristeza
Na terra onde mora o mundo?
Acabo de sorrir com tuas palavras. Muito bom, querida! Beijos.
ResponderExcluirBelo demais!!!Nunca deve se deixar espaço para tristeza!!
ResponderExcluirQue lindo,Mima! =D
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