No ninho, a sede
do céu, o anseio
do chão, a busca
do oceano.
No beijo, a fome
do amor, a caça
da paz, a sede
da guerra.
No dois, a espera
do três, ansiedade
do já, expectativa
do sempre.
No muito, a sede
do mais, a fome
do infinito, a sede
do inteiro.
No hoje, espera
do amanhã, saudade
do ontem, a sede
do que é bom.
No ímpar, a falta
do par, saudade
do ímpar, a sede
do par outra vez.
No eu, a busca
do nós, espera-se
a solidão, a sede
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lança uma flor ou uma flecha. Só não passes por aqui sem deixar-me um pouco de ti.