terça-feira, 9 de setembro de 2008

Por trás do vidro...

Eu vejo, muito raramente
Ele passando pelas janelas...
Pelo vidro, é claro.
E quando ele passa, eu sinto alegria!
Eu sei que ele sempre vai embora tão rápido...
Infelizmente...
Mas, se você soubesse como me sinto alegre
Não me recriminaria.
Quando eu consigo vê-lo
Por trás do vidro
Eu sinto um cheiro agradável
E saem sorrisinhos de mim
Sinto-me como uma principessa
Como era, antes de ser o fim
Será enfim? Serafim...
Mas, antes que possa fechar os olhos
[Às vezes eu ainda fecho!
Mas não deveria, nunquinha!]
As cortinhas se fecham
E nada mais vejo
A não ser paredes rústicas
Estáticas... de um colorido descombinado
E olho por alguns instantes
As paredes
Sem ele... sem ele...
Onde está? Estará lá?
E fico a esperar
Um outro momento raro
Em que, por trás do vidro opaco
Na parede rústica
Descolorida
Aquele de outrora
Venha e puxe a cortina
E me dê um pouco daquela alegria...
Acho que é melhor eu fechar minha cortina
...
Demora... demora...
Não tem hora...
Sentei... esperei...
Dormi...
E ele não mais apareceu por trás
Do vidro. Opaco.
Minha cortina entre-aberta...

2 comentários:

  1. "Catando a poesia, que entornas no chão..."
    ^^

    Quem dera sempre olhar por trás do vidro opaco [da alma] pra ver quem se quer ver...

    ResponderExcluir

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