sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Por depois da fantasia


Olho contraído, força da luz à brecha da porta.
O velho hábito das longas explicações.
O preto no branco e timtim por timtim.
Dia após dia, palavras arquitetando um paraíso sem fim.
Um cavalo de chifre, um pote de ouro ao fim do arco-íris,
Meninas-fadas e sapos-príncipes,
Blá, blá, blá, palavras e afins.

Olho contraído e o feixe de luz.
Olhe direito e perceba o que há, fato, agora e aqui.
Apague a luz do que nunca existiu.
Espere ansiosa a porta toda se abrir,
Das flores, dos cheiros, dos bichos, do vento
Do que existe no seu próprio jardim.
Palavras e blablablás não entram ali.
Só ficam você, o que há e fim.

Um comentário:

Lança uma flor ou uma flecha. Só não passes por aqui sem deixar-me um pouco de ti.

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No jardim...

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