Por Renan Ramalho
um poema que me fitou
um poema que me fitou
Arte pra que?
Quem come poesia?
Por que melodias?
A poesia do coração cheio
Pela arte, o estômago vazio
O traço do braço vadio
O compasso dos dedos trastejantes
Destratantes de cordas e versos
A crise alimenta a poiética
A arte se é ética ou estética,
se mescla a devaneios errantes
Inconstantes métricas dilaceradas
Dissonâncias de acordes conflitantes
Se vale ou não vale...
Se a mente tanto fala e não bate
O coração tanto treme que se mantém calado
poesia é caroço, é ação
é coração em mil decibéis
razão nos compassos binários
dos traços revoltos
couraça de ética na estética dos sentimentos
por isso linguagem
por isso humano
por isso útil
(Renan é um amigo que tenho descoberto ultimamente que, apesar de ser muito diferente de mim e, talvez, exatamente por isso, tem me ensinado muito, com sua postura, desprendimento e poesia. Admiro muito seu caráter. 'Obrigada, Renanzinho, por me ceder o poema.' Renan é autor do blog Incompleto e sem título, listado entre os meus blogs favoritos.)
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