Estavam pontualmente na estação
Os afagos, os afetos, as afeições
As promessas, os projetos, as projeções
As palavras, os poemas, as canções.
Abanavam os lenços brancos
Os carinhos, os abraços, os sussurros
Os beijos, os bilhetes, os sorrisos
Os presentes, os olhares, as distrações.
No trem de partida se aglomeravam
Os nomes dos filhos, os móveis da casa, as estações
A primavera, os dias frios, a chaminé
Os tapetes, as brincadeiras, as redes na varanda.
Despediram-se todos
Os sonhos, os lugares, os banquetes
Os doces, os convívios, os palhaços
Os narizes, os sustos, os risos.
Só um ficou, e não digo que deveria ter ido.
Ele nunca vai. Nunca foi. Deveria, talvez, para alguns.
Não obstante, ele sempre fica.
O motivo. A razão de tudo um dia ter estado.
O motivo sempre fica.
Os afagos, os afetos, as afeições
As promessas, os projetos, as projeções
As palavras, os poemas, as canções.
Abanavam os lenços brancos
Os carinhos, os abraços, os sussurros
Os beijos, os bilhetes, os sorrisos
Os presentes, os olhares, as distrações.
No trem de partida se aglomeravam
Os nomes dos filhos, os móveis da casa, as estações
A primavera, os dias frios, a chaminé
Os tapetes, as brincadeiras, as redes na varanda.
Despediram-se todos
Os sonhos, os lugares, os banquetes
Os doces, os convívios, os palhaços
Os narizes, os sustos, os risos.
Só um ficou, e não digo que deveria ter ido.
Ele nunca vai. Nunca foi. Deveria, talvez, para alguns.
Não obstante, ele sempre fica.
O motivo. A razão de tudo um dia ter estado.
O motivo sempre fica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lança uma flor ou uma flecha. Só não passes por aqui sem deixar-me um pouco de ti.