Omite-se a verdade pelas praças.
Cala-se em alto e bom tom.
Disfarce das meias palavras.
Insiste o mau em ser bom.
Hoje é o dia da acusação.
Amanhã, a própria condenação.
Quem te conhecerá, coração?
Eis a questão, eis a questão.
Onde só o bem foi plantado
Nasce o mal inesperado.
Quem antes era respeitado
Baixa a fronte envergonhado.
Quão inúteis, os gritos
Proclamação ao vento
O espelho dá o veredito
Reflexo do tormento.
Louco pretensioso
Pensamento vaidoso
Esvoaçado frente à culpa
Pinta a face de bondoso.
Nenhum outro estranho
Além de mim e de você
Somos o mal e o tanto
Que não queremos ser.
Essas palavras me traduzem hoje!
ResponderExcluirÉ a sensibilidade em Mima!