..."LUDIMILA!" - gritou a tia Marta, batendo o pé à porta do quarto escondido, ao ver a pequena arteira no vai-e-vem da cadeira. Tia Marta costuma ser um tanto nervosa por natureza. E ao ver a pequena ali, então, não pôde se conter. Acontece que quando a menina Mimi ouviu o grito estridente da tia, esparramou-se por cima da velha estante e, em poucos instantes, estava escondida debaixo de um mundo de enciclopédias, dicionários e aventuras fantásticas.
Antes que se pusesse aos prantos e que a tia lhe desse a devida 'recompensa' por sua astúcia, a espertinha escondeu rapidamente uma aventura no bolso grande do vestidinho florido que sempre usava. E só então, desatou a chorar:
- Buáa, buáaa! Está doendo, titia, está doendo!
- E o que esperava, dona Ludimila? Que lhe fizesse cócegas tanta travessura? - disse a tia enquanto encontrava o bracinho da pirralha entre os livros empoeirados. - Vamos, vamos! Levanta, danada!
- Ai, titia, não briga comigo, tá dodói! - dizia a pequenina entre soluços e mais soluços de um choro aflito.
- É sua danação que dá nisso! Já pro canto! Vamos, vamos! Não saiará de lá até segunda ordem! - carregava a menina pelos braços, à força, até o canto do último quartinho, onde se encontrava a velha máquina de costura da tia Doca - a doce e velha tia Doca, que só não era mais gentil e inocente por ser apenas uma. Uma velhinha muito simpática, muito amável - não tinha quem não gostasse da tia Doca...
E lá ficou sentada no chão a pequena e atrevida Mimi, esperando a segunda ordem da tia Marta, aos soluços, numa complicada mistura de dor, humilhação, raiva e... sono - claro! O que queriam? Era hora de "jiboiar", e todo mundo sabe que criança de 6 anos gosta de dormir na rede depois do almoço, ora.
Soluço vai, bocejo vem, bocejo vai, soluço vem... e... AHÁ! "O LIVRO!" - lembrou-se a pequenina! E foi quando tirou do bolso florido aquele livreto-aventura! "Não deve de ser tão ruim assim ficar aqui no canto..." - consolou-se a menina. "Pelo menos, tenho uma coisinha pra fazer! Tia Marta vai ver que eu vou ser gente importante, que nem o vô!" E os soluços já tinham diminuído quase por completo quando a pequenina aventureira se percebeu admirando o título do livro. Dá para imaginar o tamanho da ansiedade da pequena por sua primeira empreitada no mundo mágico das palavras?
Antes que se pusesse aos prantos e que a tia lhe desse a devida 'recompensa' por sua astúcia, a espertinha escondeu rapidamente uma aventura no bolso grande do vestidinho florido que sempre usava. E só então, desatou a chorar:
- Buáa, buáaa! Está doendo, titia, está doendo!
- E o que esperava, dona Ludimila? Que lhe fizesse cócegas tanta travessura? - disse a tia enquanto encontrava o bracinho da pirralha entre os livros empoeirados. - Vamos, vamos! Levanta, danada!
- Ai, titia, não briga comigo, tá dodói! - dizia a pequenina entre soluços e mais soluços de um choro aflito.
- É sua danação que dá nisso! Já pro canto! Vamos, vamos! Não saiará de lá até segunda ordem! - carregava a menina pelos braços, à força, até o canto do último quartinho, onde se encontrava a velha máquina de costura da tia Doca - a doce e velha tia Doca, que só não era mais gentil e inocente por ser apenas uma. Uma velhinha muito simpática, muito amável - não tinha quem não gostasse da tia Doca...
E lá ficou sentada no chão a pequena e atrevida Mimi, esperando a segunda ordem da tia Marta, aos soluços, numa complicada mistura de dor, humilhação, raiva e... sono - claro! O que queriam? Era hora de "jiboiar", e todo mundo sabe que criança de 6 anos gosta de dormir na rede depois do almoço, ora.
Soluço vai, bocejo vem, bocejo vai, soluço vem... e... AHÁ! "O LIVRO!" - lembrou-se a pequenina! E foi quando tirou do bolso florido aquele livreto-aventura! "Não deve de ser tão ruim assim ficar aqui no canto..." - consolou-se a menina. "Pelo menos, tenho uma coisinha pra fazer! Tia Marta vai ver que eu vou ser gente importante, que nem o vô!" E os soluços já tinham diminuído quase por completo quando a pequenina aventureira se percebeu admirando o título do livro. Dá para imaginar o tamanho da ansiedade da pequena por sua primeira empreitada no mundo mágico das palavras?
Eu, dificilmente, comento num blog, apesar de gostar de ver comentários no meu, por tantas vezes não sei o que falar,não obstante os textos muitas vezes me fizerem pensar, refletir, admirar...
ResponderExcluirHoje eu resolvi comentar aqui... passei um tempo admirando, apreciando, refletindo por tudo escrito... reli muitos dos textos que já havia lido... e li o último, a bela história de Mimi.
É Mima, você escreve com graça e ao ler suas palavrasparcece que estou te lendo, bela, simples e com um coração enorme.
amo vir aqui e te encontrar em cada verso e matar um pouco da saudade. Amo seu jeito de escrever...
Amo você.
um beijo.
mimaaaaaaaaaaaaaa amei o texto mimi eu lembrei do vovo chico mesmo tenhu muita saudade dele vc me fez quase chorar!!!!
ResponderExcluirTudo doce!
ResponderExcluirMimi lembra a doçura de Mima.
Tento distanciar as duas imagens.
Mas n consigo. Fico aqui a imaginar a sua miniatura nos corredores de uma casa com olhos espertos a maquinar artes de crianças.